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Conheça os ciclos de mercado

Conheça os ciclos de mercado e comece já a investir

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Todos nós estamos acostumados aos ciclos em nossa vida. Temos as quatro estações do ano, que sempre se repetem, ou os dias que continuamente sucedem às noites. Sendo assim, já estamos acostumados aos ciclos naturais.

Sendo os mercados uma criação do homem, eles também são cíclicos, inclusive o mercado financeiro, no qual ativos são comprados e vendidos a todo instante. 

Nesse contexto, “ciclos de mercado” é uma expressão que se refere a tendências ou padrões que surgem em diferentes mercados ou ambientes de negócios, como a nossa bolsa de valores, por exemplo. 

Mas quais são as fases desse ciclo? Por que ele existe? Como nós, investidores, podemos nos beneficiar de suas diferentes fases? Descubra lendo este artigo até o final.

Quais são as fases do ciclo do mercado financeiro?

Geralmente, os ciclos do nosso mercado financeiro são divididos em quatro fases distintas: crescimento, expansão, contração e recessão. Estas fases são marcadas pelas flutuações da atividade de um país, que se alterna entre prosperidade e crise. 

A seguir, detalharemos melhor cada uma delas.

Crescimento

Na fase de crescimento, as pessoas estão demonstrando otimismo em relação às perspectivas favoráveis do mercado. Nesse momento do ciclo, a taxa de juros está caindo e o crédito está ficando mais acessível para todos.

É nessa hora que as pessoas estão abrindo empresas, a economia cresce, o desemprego cai e o mercado como um todo vai se desenvolvendo positivamente. Consequentemente, ocorre um aumento nos investimentos, pois muitos desejam aproveitar essa fase de crescimento.

Expansão

Durante a fase de expansão, as expectativas com o mercado seguem subindo e a confiança das pessoas aumenta progressivamente. Este é o pico do desenvolvimento da economia. 

Normalmente, nessa fase, as pessoas que ainda não estavam na bolsa começam a entrar e se animam com as boas perspectivas. 

Como há expectativas de lucros futuros, isso pode resultar em comportamentos arriscados, com a aquisição de ativos financeiros a preços elevados. Este é um momento de muito otimismo que acaba sendo, muitas vezes, frustrado pela próxima fase.

Contração

No estágio de contração, o mercado inicia uma queda e as pessoas começam a se preocupar com as perspectivas futuras. É o extremo oposto da fase de crescimento que vimos anteriormente.

Nesse momento, as empresas começam a ter dificuldades, a competitividade por preço fica maior porque o mercado está encolhendo. A taxa de juros e o desemprego voltam a subir e o otimismo começa a ceder espaço para o pessimismo.

Isso pode levar à venda de ativos financeiros, na maioria das vezes, com prejuízo. As coisas vão piorando até chegar à próxima fase, de recessão.

Recessão

Nesta fase, as pessoas se tornam mais pessimistas em relação ao futuro e o mercado atinge seu ponto mais baixo. 

Nesse momento, a economia tem dificuldade de crescer, as empresas enfrentam dificuldades e algumas vão à falência. Esse é o extremo do pessimismo e o oposto da fase de expansão.

Como resultado, na bolsa, a confiança diminui e os investimentos são suspensos, prolongando a queda dos preços dos ativos. Mas a boa notícia é que isso só perdura até o ciclo iniciar-se de novo, com uma nova fase de crescimento.

Qual a causa dos ciclos econômicos no mercado financeiro?

Não se sabe ao certo a duração destes ciclos, podendo variar de poucos meses a muitos anos, de acordo com a situação socioeconômica de cada país.

Segundo economistas, a causa dos ciclos econômicos está estreitamente relacionada à oferta de crédito e às taxas de juros: taxas de juros muito baixas e oferta abundante de crédito conduzem à má alocação do capital. 

A fase de expansão é seguida por uma fase de contração de crédito e alta nas taxas de juros, desencadeando a venda de ativos que foram adquiridos a um preço acima do seu valor ou da sua utilidade econômica. 

Como os investidores podem se beneficiar desse ciclo de mercado?

Para quem já investe ou para quem pretende realizar seus aportes em breve, a dica é ter sempre em mente que estes ciclos ocorrem frequentemente e sempre irão se repetir ao longo dos anos. 

Além disso, é importante não esquecer que crises sempre vão existir em qualquer mercado, seja no Brasil ou em qualquer outro país do mundo. O importante é saber em que investir e, principalmente, quando comprar.

A maioria das pessoas, ao ver o positivismo do mercado nas fases de crescimento e expansão, compra ativos com a esperança de obter bons lucros. No entanto, neste momento, justamente por causa do otimismo, os preços dos ativos estão mais caros. 

Quando chega a fase de contração e recessão, estas pessoas fazem o contrário. Não suportando ver seu patrimônio encolher, vendem seus ativos para “salvar o que puder”. No entanto, justamente devido ao clima de pessimismo, estes ativos estão mais baratos e o investidor vende no prejuízo.

Em vez desse comportamento, que é visto com frequência, os investidores podem se beneficiar dos ciclos de mercado justamente “indo na contramão” da maioria das pessoas. Ou seja, comprando quando está barato e vendendo (se for o caso) quando está caro.

Conheça os ciclos de mercado e comece já a investirOnde aprender mais a respeito?

Para conhecer mais a respeito, indicamos o excelente livro de Howard Marks, “Dominando o Ciclo de Mercado”. Neste livro, o autor ensina a reconhecer padrões de mercado para investir com segurança, apresentando estratégias para identificar oportunidades de investimento e gerenciar riscos.

Também destaca a importância de se ter disciplina e paciência para investir a longo prazo, evitar investir com base em emoções e, principalmente, diversificar a carteira de investimentos para que alguns ativos “compensem” outros nos momentos mais difíceis.

Esperamos que este artigo tenha lhe ajudado. Para mais notícias sobre finanças, siga esta seção.

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