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Quais os benefícios do contato com a natureza segundo a ciência

Quais os benefícios do contato com a natureza, segundo a ciência

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Diversos estudos científicos confirmam o que muitos de nós já sabíamos: passar tempo em ambientes naturais, além de proporcionar um alívio imediato do estresse, também proporciona efeitos positivos e duradouros para a saúde, tanto física quanto mental.

Essa nossa relação com o ambiente natural é tão importante que, em 2005, o jornalista estadunidense Richard Louv criou um termo para se referir a problemas de saúde física, mental e emocional decorrentes da falta de contato com a natureza: o Transtorno do Déficit de Natureza (TDN).

A boa notícia é que investir em um tempo ao ar livre, mesmo que por poucas horas, já é o suficiente para favorecer o bem-estar. Locais com praias, cachoeiras, parques e jardins arborizados, por exemplo, promovem uma verdadeira experiência de reconexão com a natureza que tanto precisamos.

Confira neste artigo os motivos pelos quais a natureza faz bem para o nosso bem-estar, além de algumas dicas para incorporá-la em nosso dia a dia, transformando nossa rotina de maneira positiva.

Por que estar em contato com a natureza faz bem para a saúde?

Existem três hipóteses nas quais a ciência tenta explicar porque estar conectados com a natureza faz tão bem para a saúde. Vejamos cada uma delas.

Hipótese 1: A natureza promove um descanso necessário para o nosso cérebro

Durante o tempo em que estamos acordados, o cérebro intercala entre o modo focado e o modo distraído. Ele faz isso porque o modo focado faz uso de uma bateria que, quando se descarrega, precisa de um tempo para se recuperar.

Se a recuperação não é possível, temos uma sobrecarga mental que diminui nossa capacidade de lidar com os problemas do dia-a-dia.

Ambientes urbanos têm mais estímulos para que permaneçamos focados o tempo todo, enquanto que os ambientes naturais têm mais estímulos que nos distraem. Por isso, os cientistas acreditam que a natureza seja capaz de recuperar o nosso equilíbrio, promovendo uma distração necessária.

Hipótese 2: A natureza tem relação com a sobrevivência da espécie humana

Por muito tempo, nossos ancestrais dependeram da natureza para encontrar comida, se abrigar, fazer previsões do tempo e se localizar no espaço. 

Devido a isso, é possível que nós ainda carreguemos esse senso de dependência e afinidade com a natureza. Ainda mais considerando-se que os centros urbanos são criações recentes na história da humanidade. 

Tanto é assim que quando nós nos deparamos com duas imagens, uma de um ambiente urbano e outra de um ambiente natural, a maioria das pessoas têm preferência pela segunda. Seja por achar mais bonita ou por associar com emoções positivas, a verdade é que frequentemente demonstramos esse estreito vínculo com a natureza.

Hipótese 3: A natureza nos faz relaxar e bloquear os estímulos do estresse

Cientistas descobriram que pessoas que se expõem mais às áreas verdes, têm uma melhor frequência cardíaca e uma pressão sanguínea menor. Além de apresentar também uma menor concentração do famoso hormônio do estresse, o cortisol, circulando pelo corpo.

Nesse sentido, em um experimento no qual os participantes tinham que fazer agachamentos de frente para uma parede, ter imagens de florestas projetadas fez com que as pessoas se sentissem menos cansadas e psicologicamente melhores.

Os benefícios do contato com a natureza

Seja o motivo que for, o fato é que a conexão com a natureza nos traz diversos benefícios físicos e mentais, como:

  • Melhora o sistema imunológico: a exposição regular à natureza tem sido associada a um aumento na atividade do nosso sistema imunológico, fortalecendo nossa capacidade de combater as mais diversas doenças;
  • Reduz o estresse: a natureza proporciona um ambiente tranquilo e sereno, ajudando a reduzir os níveis de estresse e promovendo um equilíbrio hormonal adequado;
  • Favorece a atividade física: os ambientes naturais encorajam a prática de exercícios físicos, como caminhadas, trilhas e atividades ao ar livre, contribuindo assim para a melhoria da aptidão física e para reduzir os riscos de doenças crônicas;
  • Ajuda na saúde mental: a exposição à natureza diminui os sintomas da ansiedade e da depressão, proporcionando uma sensação de calma e tranquilidade;
  • Aumenta a criatividade: a natureza estimula nossa criatividade e o pensamento inovador, melhorando nossa capacidade de resolver problemas e gerar novas ideias;
  • Promove felicidade e bem-estar: passar tempo em ambientes naturais está associado a um aumento dos níveis de satisfação e felicidade, o que melhora a qualidade de vida em geral.

Mas como ter os benefícios da natureza mesmo morando na cidade?

A maioria dos estudos sobre os efeitos da natureza em nossa saúde aceitam como “ambiente natural” qualquer área que tenha vegetação. Pode ser uma floresta, um parque, uma área arborizada, um jardim… E também inclui praia, rios e lagos.

O importante é ter acesso frequente a esse tipo de recurso, sendo ele 100% natural ou dentro de centros urbanos. Nesse ponto, é importante destacar que a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que os habitantes de centros urbanos tenham uma área verde de pelo menos 0,5 hectares perto de casa.

No Brasil, isso está bem longe de ser uma realidade. No entanto, nesse sentido, iniciativas inovadoras estão surgindo, como as agroflorestas urbanas.

Uma agrofloresta urbana é um sistema de plantio de alimentos que combina árvores com culturas agrícolas em áreas urbanas que, inclusive, podem ser tão pequenas como um quintal ou um lote desocupado. Tais áreas promovem o contato com a natureza, além do plantio sustentável em grandes centros urbanos.

Empresas com a Ibiterra Soluções Agroambientais desenvolvem e implementam este tipo de produto, levando-se em conta as espécies de árvores nativas da região – preservando assim o ambiente natural – bem como os cultivos que se adequam às características de solo e temperatura do local.

Esperamos que você tenha gostado desse artigo e que ele lhe tenha sido útil! Para ler mais artigos sobre bem estar, fique atento às novas publicações desta seção.

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